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Servidores de hospitais federais pedem reajuste salarial em ato no Rio

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Por Circuito Araruama em 23/05/2024 às 10:00:17

Servidores de seis hospitais federais do Rio de Janeiro fizeram hoje (22) um ato em frente ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). A categoria estĂĄ em greve desde o dia 15 de maio. A pauta de reivindicações inclui recomposição salarial, realização de concurso pĂșblico e reestruturação das unidades, consideradas sucateadas ao longo dos Ășltimos anos.

Os manifestantes também organizaram uma passeata em duas pistas da Avenida Brasil e uma assembleia em frente ao Into, que decidiu pela adesão à greve dos servidores da unidade. Eles vão se juntar aos trabalhadores dos hospitais da Lagoa, Ipanema, Servidores, AndaraĂ­, Cardoso Fontes e Bonsucesso.

"O balanço que a gente faz é que o ato foi vitorioso. Os servidores descendo, declarando que vão entrar em greve. E a adesão da categoria estĂĄ maravilhosa, piquete em todas as portas, conscientizando a população usuĂĄria e os servidores. Lógico que vocĂȘ tem alguma diferenciação de modus operandi de greve, porque temos serviços mĂșltiplos dentro das unidades. Mas todas as seis unidades das redes federais estão com greve e esta semana, como foi planejado, a gente começa a avançar para o instituto", disse Cristiane Gerardo, do Sindicato dos Trabalhadores em SaĂșde, Trabalho, PrevidĂȘncia e AssistĂȘncia Social no Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ).

Os servidores reclamam da proposta de reajuste zero para os salĂĄrios deste ano e de apenas a correção dos valores dos auxĂ­lios alimentação, creche e saĂșde, feita pelo governo federal. Eles dizem que não houve nenhuma proposta nova que contemple as demandas do movimento.

"Lamentavelmente, a gente estĂĄ esperando que o governo negocie com os grevistas. A nossa pauta é extremamente justa. São 49% de perda salarial. É uma carreira que não valoriza os servidores. Hoje, nós temos mais de mil residentes dentro de toda a rede federal. Os servidores de nĂ­vel superior trabalham como preceptores e não recebem nada por isso. A gente não recebe gratificação por qualificação. Temos doutores na rede, mestres, especialistas. A gente se capacita para atender melhor os usuĂĄrios e quer um incentivo. Para que a gente possa cada vez mais oferecer uma saĂșde pĂșblica e uma assistĂȘncia de maior qualidade", disse Cristiane Gerardo.

Outras reivindicações são contra desvios de função, pagamento incorreto da insalubridade, não convocação de concurso pĂșblico desde 2005, déficit de 12 mil profissionais e ameaça de que a rede federal seja entregue para o municĂ­pio.

Em relação aos próximos passos, os servidores vão fazer uma assembleia virtual na próxima segunda-feira (27), para avaliar a paralisação. Também estĂĄ previsto um ato unificado no dia seguinte, na porta do Hospital do AndaraĂ­, às 11h. Segundo o Sindsprev, a unidade foi escolhida porque hĂĄ uma pressão da direção do hospital sobre os servidores. Um outro ato unificado estĂĄ sendo discutido para acontecer em Copacabana, com data provĂĄvel de 9 de junho.

Procurado pela reportagem da AgĂȘncia Brasil, o Ministério da SaĂșde divulgou a seguinte nota, em que diz que recebeu as reivindicações dos servidores e reforça o compromisso de manter o diĂĄlogo com a categoria. "A orientação do Departamento de Gestão Hospitalar é que seja mantido o funcionamento pleno dos serviços nos Hospitais Federais para que não haja descontinuidade da assistĂȘncia prestada à população. O Ministério reforça que vem atuando para reconstruir e fortalecer os Hospitais Federais no Rio de Janeiro. Entre as medidas adotadas estão a instalação do ComitĂȘ Gestor, a convocação de mais de mil profissionais, e a prorrogação de mais de 1,7 mil contratos temporĂĄrios; além da instalação de mesa de negociação para tratar das demandas das trabalhadoras e dos trabalhadores dos hospitais federais".


Fonte: AgĂȘncia Brasil

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