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Na capital Fluminense tem soltura dos mosquitos geneticamente modificados para combater o mosquito da a dengue

Por AG Brasil em 04/04/2024 às 09:47:15
foto-arquivascom-fiocruz

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O município do Rio de Janeiro iniciou, na terça-feira (2), uma nova leva de solturas de "wolbitos", mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia.

Este microorganismo é usado no combate a arboviroses como a dengue, a zika e a chikungunya, já que impede o desenvolvido dos vírus causadores dessas doenças dentro do seu principal vetor, o Aedes aegypti.

Foi realizada soltura desses mosquitos no bairro do Caju. Na próxima semana, os wolbitos serão soltos no Centro e na Ilha de Paquetá. A idéa é fazer solturas nesses três locais ao longo de 20 semanas, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, para ampliar a população desses mosquitos. No ambiente, as fêmeas contaminadas com Wolbachia se acasalam com os mosquitos sem a bactéria. Os filhotes desses cruzamentos nascem já infectados com a bactéria e, portanto, sem a capacidade de transmitir as doenças.

Se tudo ocorrer certo, com o tempo, a população de wolbitos aumenta, reduzindo a população de vetores de arboviroses dispensando a necessidade de novas solturas. "Vamos promover estas solturas até o final de agosto esperando estabelecer nessas três localidades. Quem sabe, ano que vem, consigamos avaliar uma redução na transmissão de casos dessas doenças", explica Diogo Chalegre, líder de Relações Institucionais do World Mosquito Programa (WMP, ou Programa Mundial de Mosquitos, em português) no Brasil".

O chamado método Wolbachia foi inicialmente implantado em Niterói, em 2014, onde já foram feitas solturas em todos os bairros. Em seguida, foi a vez a da cidade do Rio, que já teve wolbitos soltos em 29 bairros, e municípios fora do estado do Rio: Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina (PE).

"O que a gente pode dizer é que houve uma redução média de 38% nos casos de dengue, nos 29 bairros do Rio onde a gente já atuou", afirma Chalegre.

O WMP coordena as estratégias envolvendo a Wolbachia no país, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e financiamento do Ministério da Saúde.

Atualmente, segundo Chalegre, são produzidos 40 milhões de ovos de wolbitos por mês e 3,2 milhões de pessoas vivem nas áreas onde esses mosquitos foram soltos.

No entanto, uma nova biofábrica começou a ser construída em Curitiba, em março deste ano, para ampliar a capacidade de produção para 400 milhões de ovos por mês, a partir de 2025. Com a ampliação da capacidade, espera-se intensificar as solturas para novos locais, beneficiando até 70 milhões de pessoas nos próximos dez anos.

*Com informações de Agência Brasil

Fonte: AG Brasil

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