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Águas de Juturnaíba é intimada

Justiça Federal Notifica Águas de Juturnaíba para Prestar Esclarecimentos sobre a Poluição na Lagoa de Araruama


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Concessionária é intimada por denúncias do MPF sobre a degradação ambiental na região da praia do Hospício, bairro do Areal, em Araruama.

Águas de Juturnaíba, empresa integrante do grupo Águas do Brasil, foi intimada pela Justiça Federal, com sede em São Pedro da Aldeia, a apresentar esclarecimentos sobre as condições da qualidade das águas da Lagoa de Araruama, especificamente na região da praia do Hospício, localizada no bairro do Areal.

As condições ambientais no local são extremamente preocupantes. A qualidade da água é descrita como totalmente imprópria para qualquer tipo de uso, além de exalar, especialmente durante o período da tarde, um odor desagradável e intenso provocado pela proliferação de algas e pela presença de esgoto.

Esse cenário afeta inclusive o calçadão da Orla Oscar Niemeyer, trazendo transtornos para os moradores e visitantes da região.

O padre Antero, pároco da Igreja de São Pedro, situada nas proximidades da lagoa, relatou em diversas ocasiões ter sido forçado a interromper ou até mesmo suspender as celebrações das missas devido ao forte odor desagradável que invade o interior da igreja, comprometendo as condições mínimas para a realização das cerimônias religiosas.

Essa preocupante situação ambiental é atribuída à concessionária Águas de Juturnaíba, que, segundo os relatos, há décadas deveria ter solucionado esses problemas, mas não demonstrou interesse concreto em promover as ações necessárias para garantir a qualidade das águas na região.

Em resposta às denúncias, o Ministério Público Federal (MPF), por meio do procurador da República, Dr. Leandro Mitidieri Figueiredo, determinou a intimação da Águas de Juturnaíba para que a concessionária se manifeste formalmente sobre a origem dos agentes poluentes presentes na Lagoa de Araruama.

Entre os pontos levantados estão a presença de algas em excesso, graxas com aspecto grudento e outros resíduos que comprometem o ecossistema local e a qualidade de vida da população.

O despacho emitido pelo MPF inclui diversas evidências anexadas, como fotografias e vídeos que atestam o estado crítico das margens da Lagoa de Araruama, especialmente na praia do Hospício, localizada no trecho entre o ginásio esportivo e a Igreja de São Pedro (foto principal).

Além de exigir explicações e a identificação da origem da poluição, o procurador solicita que a concessionária informe as causas e os responsáveis pelos supostos crimes ambientais, denunciados, bem como as medidas que serão tomadas para reverter a degradação ambiental na região.

Esta matéria permanece em aberto para possíveis manifestações da direção de Águas de Juturnaíba e de águas do Brasil, caso queiram se manifestar sobre esse assunto.

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