O plenĂĄrio do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quinta-feira (16/5) o julgamento que pode reconhecer o chamado "assédio judicial" contra jornalistas e veĂculos de imprensa. Após manifestações dos ministros a sessão foi suspensa e serĂĄ retomada na próxima quarta-feira (22/5).
Até o momento, os ministros LuĂs Roberto Barroso, Cristiano Zanin, André Mendonça e Rosa Weber (votou antes da aposentadoria, no plenĂĄrio virtual) jĂĄ proferiram voto para reconhecer a ilegalidade do ajuizamento de inĂșmeras ações judiciais para constranger ou dificultar o exercĂcio da liberdade de imprensa.O julgamento é motivado por ações protocoladas pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).O reconhecimento do assédio judicial foi sugerido pelo presidente do Supremo, ministro LuĂs Roberto Barroso. O ministro citou casos de 100 ações ajuizadas ao mesmo tempo em diversos Estados contra jornalistas. As ações são movidas por pessoas citadas em reportagens para buscar indenização por danos morais. "Constitui assédio judicial, comprometedor da liberdade de expressão, o ajuizamento de ações a respeito dos mesmos fatos em comarcas diversas com intuito de constranger jornalista ou órgão de imprensa, dificultar a defesa ou tornĂĄ-la excessivamente onerosa", definiu Barroso.Pelo entendimento, as ações que buscam indenizações devem ser julgadas pela Justiça da cidade onde o jornalista mora. Atualmente, quem processa pode escolher a cidade em que a ação vai tramitar, pulverizando os processos contra a imprensa.Os ministros que jĂĄ votaram também entenderam que a responsabilização de jornalistas e veĂculos de imprensa deve ocorrer somente em caso de dolo ou culpa, ou seja, com a intenção de prejudicar a pessoa citada em uma reportagem.
Edição de : Juliana Andrade
Fonte Agencia Brasil
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Fonte: AgĂȘncia Brasil