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Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Instituto Butantan e Valneva para aplicação no Brasil

Por Circuito Araruama em 14/04/2025 às 09:34:31
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Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Instituto Butantan e Valneva para aplicação no Brasil

A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (14) o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya no Brasil, encaminhado pelo Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da SaĂșde de São Paulo, em parceria com a Valneva, empresa farmacĂȘutica franco-austrĂ­aca. Com o parecer favorĂĄvel do órgão regulatório, o imunizante estĂĄ autorizado a ser aplicado no paĂ­s na população acima de 18 anos.

A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntĂĄrios de 18 a 65 anos, tendo apresentado um bom perfil de segurança e alta imunogenicidade: 98,9% dos participantes do ensaio clĂ­nico produziram anticorpos neutralizantes, com nĂ­veis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses. Os resultados foram publicados na revista cientĂ­fica The Lancet, em junho de 2023.

O imunizante contra a chikungunya jĂĄ recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agĂȘncia reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia.

Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença, que pode causar dor crônica nas articulações e afetou 620 mil pessoas no mundo só em 2024. Os paĂ­ses com mais casos da doença são Brasil, Paraguai, Argentina e BolĂ­via.

O parecer favorĂĄvel da Anvisa representa um importante passo na aprovação da versão do Butantan do imunizante, que jĂĄ estĂĄ em anĂĄlise pela agĂȘncia reguladora. As duas vacinas tĂȘm praticamente a mesma composição. A versão do Instituto Butantan serĂĄ adequada à possĂ­vel incorporação no enfrentamento da doença em nĂ­vel de saĂșde pĂșblica.

No estudo clĂ­nico de fase 3 feito com adolescentes brasileiros, publicado na The Lancet Infectious Diseases em setembro de 2024, após uma dose da vacina, foi observada presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntĂĄrios com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vĂ­rus.

A proteção foi mantida em 99,1% dos jovens após seis meses. A maioria dos eventos adversos registrados após a vacinação foi leve ou moderada, sendo os mais relatados dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre.

Próximos passos da vacina do Butantan

Mas para que o produto chegue, de fato, aos braços da população, alguns passos regulatórios ainda devem ser cumpridos.

O Instituto Butantan estĂĄ trabalhando em uma versão com parte do processo realizado no Brasil. As modificações usam componentes nacionais e serĂĄ melhor adequado à incorporação pelo SUS, pendente anĂĄlise pela CONITEC, Programa Nacional de Imunizações e demais autoridades de saĂșde.

"A partir da aprovação pelo CONITEC, a vacina poderĂĄ ser fornecida estrategicamente. No caso da chikungunya é possĂ­vel que o plano do Ministério seja vacinar primeiro os residentes de regiões endĂȘmicas, ou seja, que concentram mais casos", afirma Esper KallĂĄs, diretor do Instituto Butantan.

Vacina pioneira

O imunizante contra chikungunya do Butantan e da Valneva é um caso inovador no mundo por ser o primeiro a ser inicialmente aprovado com base em dados de produção de anticorpos. Tradicionalmente, vacinas são aprovadas com estudos que mostram a eficĂĄcia, comparando a incidĂȘncia de casos entre pessoas vacinadas e não vacinadas.

Mas como a circulação do vĂ­rus da chikungunya não é tão frequente, as agĂȘncias reguladoras decidiram pela aprovação a partir do percentual de anticorpos neutralizantes.

Sobre a chikungunya

A chikungunya é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti infectados – os mesmos que transmitem dengue e Zika. No Brasil, ao longo de todo o ano de 2024 foram registrados 267 mil casos provĂĄveis da doença e pelo menos 213 mortes, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da SaĂșde.

Os principais sintomas são febre de inĂ­cio repentino (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. Pode ocorrer, também, dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Alguns pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações, afetando severamente sua qualidade de vida.

Ainda não existe tratamento especĂ­fico para chikungunya. Além da vacinação, é importante manter o controle de vetores, com ações como esvaziar e limpar frequentemente recipientes com ĂĄgua parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plĂĄsticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.

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Fonte: AgĂȘncia SP & Hotfix

Tags:   Saúde
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