Mais um grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) de domingo (10) e pousou às 3h47 na Base Aérea de BrasÃlia, onde o grupo foi recebido por autoridades brasileiras. Este voo teve a duração 15 horas.
Uma das repatriadas que desembarcou em BrasÃlia é Yasmeen Rabee, irmã de Hasan Rabee, que veio antes com a esposa e os filhos em outro voo que trouxe brasileiros de Gaza. BrasÃlia – Yasmeen Rabee conversa com jornalistas após pouso do avião KC-3 - Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
O grupo é formado por 48 pessoas, sendo 11 com dupla cidadania (Brasil-Palestina) e 37 palestinos, parentes de cidadãos brasileiros. São 27 crianças e adolescentes, 17 mulheres, incluindo duas idosas, e quatro homens adultos. Uma jovem de 22 anos que já estava no Egito se juntou aos resgatados de Gaza e embarcou neste mesmo voo. Ela é filha de uma das integrantes do grupo de repatriados em Gaza.
No último sábado (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah, no sul de Gaza, em direção ao Egito, de onde seguiram de ônibus até o Cairo. Na capital egÃpcia, foram recebidos por diplomatas brasileiros antes de retornarem para o Brasil.
Segundo o Itamaraty, da lista de 102 pessoas enviada pelo Brasil às autoridades israelenses, 24 não tiveram autorização para cruzar a fronteira, incluindo sete palestino-brasileiros. A maioria dos barrados é de homens. O governo brasileiro não soube informar o motivo deles terem sido impedidos, por Israel, de atravessar a fronteira. No momento, segundo o Palácio do Planalto, não há previsão de novo voo de repatriação.
"Em um primeiro momento, eles ficarão de dois a três dias em BrasÃlia. A primeira etapa é do apoio psicológico, de imunização, de estabelecer contato com familiares e parentes e a questão da documentação. Alguns vão para as casas de familiares e amigos. Os que estiverem sem referência serão abrigados no Sistema de Assistência Social em instituições em que tenham todo o apoio de acolhimento e alimentação. Um suporte para reconstituÃrem a trajetória, já que vêm de situação bastante complexa", afirmou o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, FamÃlia e Combate à Fome (MDS), André Quintão.