"Sinceramente, não esperava este recorde. Mas quando o dardo sai da mão, vocĂȘ jĂĄ percebe que vai vir uma marca boa. Estou muito feliz, até porque acho que dĂĄ para melhorar ainda mais", comemorou a atleta, em depoimento ao ComitĂȘ ParalĂmpico Brasileiro (CPB).
O ano tem sido exitoso para a atleta de 58 anos, mesmo após ter passado por uma reclassificação funcional do ComitĂȘ ParalĂmpico Internacional (IPC) que a inseriu na classe F53. A banca da entidade justificou a mudança após avaliar a funcionalidade dos membros da atleta, concluindo que ela teria tônus muscular no tronco podendo competir numa classe acima.
A segunda etapa do Circuito Loterias Caixa foi a Ășltima oportunidade de os atletas atingirem o Ăndice para classificação ao Mundial de Paris, programado para o perĂodo de 8 a 17 de julho. Além da atleta, o paĂs poderĂĄ levar até 50 competidores, independente do gĂȘnero. A convocação deve sair após 15 de maio.
"Tivemos a confirmação de bons resultados de vĂĄrios atletas, com Ăndices para o Mundial ou boa classificação no ranking internacional", afirmou João Paulo Cunha, coordenador do atletismo no ComitĂȘ ParalĂmpico Brasileiro (CPB).
Diagnosticada com esclerose mĂșltipla em 1993, Beth Gomes estava desde 2018 na classe F52 (maior comprometimento motor). Foi nesta classe que ela faturou o ouro na ParalimpĂada de Tóquio e superou recordes mundiais (disco e arremesso de peso) que seguem vigentes.
O recorde anterior da atleta ainda não consta no site do ComitĂȘ ParalĂmpico Internacional (IPC, na sigla em inglĂȘs). A marca divulgada pela entidade foi estabelecida durante os Jogos ParalĂmpicos de Tóquio 2020, pela ucraniana Iana Lebiedieva, que, na ocasião, realizou o lançamento de 11,89m.
Fonte: AgĂȘncia Brasil