"Não é possĂvel que eu possa pregar o ódio na rede digital, que possa ficar fazendo propaganda de arma, ensinando criança a atirar, é isso que vemos todo santo dia. A verdade é que uma criança de 6 anos, 9 anos, ela repercute na escola o que ela ouve dentro de casa", disse, destacando que o Plano Nacional de Educação (PNE) prevĂȘ que a comunidade tem que assumir responsabilidade pelo que acontece nas escolas.
Lula comandou, no PalĂĄcio do Planalto, uma reunião com os chefes dos poderes JudiciĂĄrio e Legislativo, ministros de Estado, governadores, entidades representativas de prefeitos e parlamentares para discutirem polĂticas de prevenção e enfrentamento à violĂȘncia nas escolas. A ideia é criar estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo.
O governo federal também anunciou um programa de fomento para implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de nĂșcleos psicossociais nas escolas.
Para o presidente Lula, elevar muros e instalar detectores de metais não é a solução. "Não vamos transformar as escolas em prisão de segurança mĂĄxima, que não é a solução. Nem tem dinheiro para isso e nem é politicamente correto, humanamente e socialmente correto", disse.
"Eu fico imaginando as crianças sendo revistadas nas escolas. Como seria patético para os pais, para o prefeito, para o governador, para o presidente da RepĂșblica, para as instituições desse paĂs, uma criança de 8 anos ter que mostrar a mochila."
O ministro da Educação, Camilo Santana, também propôs que estados e municĂpios criem comitĂȘs de discussão com as comunidades locais sobre a proteção ao ambiente escolar. "Esse é o momento de unirmos a todos, independente de questões polĂticas, partidĂĄrias ou ideológicas, o que estĂĄ em jogo é a vida de crianças e jovens nesse paĂs", disse.
Fonte: AgĂȘncia Brasil